quinta-feira, 7 de abril de 2011

... ventos

ventos sussurantes, sussurando palavras, 
ditas pensadas caladas simbolicas olhadas e falando ás arvores na floresta acariciantes 
pelas copas mais altas que olham altaneiras observando tudo o que passa .. como sentinelas

ventos que passam pelas folhas delicadas nos ramos, pelas flores 
pelas pedras pelos caminhos ...

ventos que cantam brisas nas ondas do mar  ..  
resfolegam nos pantanos e nos lagos mais sombrios 
pelos desertos a arder da vida 
gritam tempestades e açoitam inclementes as planicies ou os planatos 
ecoando pelos desfiladeiros  uivando e que as almas atormentam 

ventos que se entrelaçam entre o ser e o não ser 
passando pela tormenta alucinantes

e o vento que passa sussurra murmura pelas dunas desmanchando castelos de areia
e as ondas que batem nas rochas estatelam-se
na praia. 

ai o vento que passa quente gelado quebra o silêncio de um guerreiro alado e que na sua fraqueza e na valentia de um desalento acredita que o vento que passa lhe diz para continuar
e pela seta atirada trespassando o ar vibrando de dor alucinada
quebra-se em mil pedaços e como agua atirada aos ares esfuma-se 
e desaparece ....

((que direi eu será que o amor trespassa meu coração com o carinho e os sorrisos
provocados ... em cores transformando o negro acizentado que existe na noite mais sombria
e a memória dos tempos que ainda não chegaram e o silêncio ... que acalma )) 

1 comentário:

  1. Adoro prescrutar as memórias dos tempos que virão, são belos sonhos tão refrescantes como o vento, mas tão fugazes quanto ele, não podemos tocá-lo, acariciá-lo, mas podemos com ele voar, espreitar o mundo e o desmundo infinito.
    E quando dois ventos se cruzam, ventos do leste, ventos do oeste, só nos resta espreitar o redemoinho da criação.
    Fantástico texto esse teu.

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