quarta-feira, 4 de maio de 2011

que sera da noite escura

O entardecer com o sol a esconder-se por detrás do horizonte
a imagem poética de um barco no rio ao por do sol
o avermelhado do céu o escuro que vem vindo e levando o azul do céu para outro lugar
o entardecer a lua que aparece redonda no céu azul claro e escuro
a estrela brilhante que a acompanha  e eu me desfazendo em nada
espraiando-me da minha janela até ao infinito
ao anoitecer meu cansaço bate-se no leito da noite e esbate-se na escuridão
as estrelas brilhantes levam-me atrás e envolta sou estrela ...

meu planeta é o sol e a lua
sou dia sou noite sombra e claridade
sou raiva e tempestade serenidade e calmaria
quem diria ... o anoitecer neste entardecer
neste dia em que o sol brilha ainda

ai como queria abrir minhas asas e voar até a eternidade e lá ficar
minha alma apenas esvoaça e fraqueja
e o cansaço de estar prisioneira arqueja e grita
vou embora faço minha trouxa e voo até ao mar que fica
por detras do horizonte onde o sol arde e o vento descansa
no limiar das memórias que ficaram mortas
o tempo e o vento se juntaram e demoraram por entre as areias finas
que escoam pelas paredes nuas e frias da vida
pela morbida madrugada que nasce e renasce aqui e ali
nas frageis liberdades que as vontades não falam e calam e nada dizem
esmorecidas

vou partir pela estrada fora com a minha trouxa e a vontade de ir mais além
mais fundo mais para o interior a floresta do medo segue-me
e a lanterna acesa me ilumina

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