sábado, 30 de outubro de 2010

a chuva cai ...

ventos e tempestades chuva ..
inverno ainda não chegou e a cidade é inundada pelas aguas da chuva que caiu.
os vidros das janelas têm ainda as gotinhas de água e o vento sopra e assobia por entre as frestas .
lá fora o tempo e o clima convidam-nos a ficar quentinhos em casa enroladas nas mantas e á lareira se houvesse uma.
apartamentos antigos são desconfortáveis . alguns que não foram construidos para climas em transição .
são climatizados. ou se faz frio está frio em casa se está calor é quente em casa assim climatizados.
mas temos casa que nos abriga . a preocupação acontece sempre que nos vimos perante a constatação que somos demasiado pequenos quando a natureza se descontrola e se revolta e é como as nossas emoções, sentimentos vamos conseguindo controlar até que ... a nossa natureza sai das sombras e olhamos e vimos o que não somos e somos outra coisa e não aquilo que queremos ser e parecer .

a natureza luta connosco seres humanos que queremos tudo .
a chuva cai ...

não pensamos nos outros ou se pensamos apenas naqueles que fazem parte do nosso pequeno universo, aqueles que nos rodeiam vêm de todos os lados estão em todos os lados e aqueles que não vimos que não sentimos vivem de maneiras várias, pensar que os outros estão desconfortáveis que não têm casa que não têm o que comer. que a sua vida é palmilhar quilometros de passeios e de cidade cartões e garrafas de cartão para aquecer a alma e esquecer e de tanto esquecer esquecem aquilo que são.
e ninguém vê quer ver o incomodo que são ... nunca pensei nisto nos milhares de seres que passam por nós e que são estranhos e desconhecidos
não gostamos que atrapalhem a nossa vida não gostamos de sentir perto e por que ruas andarão quando os elementos se debatem ? como se aquecem ? o que comerão ? o que vestem o que fazem para percorrer os dias ?

esquecer o conforto e a comodidade é dificil traz-nos ansiedade . ter ou não trabalho . electricidade água a sair da torneira . escolher esta ou aquela forma de comer comida . pensar em animais de estimação .
ter o coração suficientemente aberto ou ser mesquinho e avarento . posso dar isto e aquilo

chove ... e eu posso dar-me ao luxo de pensar que pensar nos outros é uma coisa boa e pensar já me dá uma certa satisfação pois chove e tenho onde me abrigar e pode chover trovejar e também pensar na possibilidade ou não de a agua entrar e o meu mundo desabar ...
mas os medos são medos e se a minha casa e o mundo desabar eu posso sobreviver não serei a primeira mulher do mundo a ultrapassar dificuldades o meu medo é que engrandece as dificuldades

chove chuva

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