quinta-feira, 16 de setembro de 2010

folha ao vento

o pensamento voa,
escapa-se por entre os arrozais que invento,
vou junto e
zizagueando como folha ao vento
e até que minha alma se cansa e se senta ao pé da arvore mais bela e solitária
que está ao pé do rio, e se esvai
como quem navega
ao sabor de uma onda saltitante
e se molha ao chegar ao horizonte e
no sol poente meu olhar cai
e se estilhaça ..

voei demais ... sonhei
a luz do sol poente invade a solidão
o brilho que recai no som da voz que grita e que se cala
a vida é feita da mais cruel realidade
os sonhos e o amor só são poemas para adoçar
o tempo

folha ao vento acalentada com doçuras
o mel e ambrosia só disfarça a loucura
um lobo uiva à lua seus lamentos

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