quarta-feira, 2 de novembro de 2011

existem palavras ...

um dia .
uma ponte entre o cinzento escuro e a chuva que cai torrencialmente .
uma musica para meditar . o trabalho que se faz .

o tempo . um dia de estar em casa e de não ir a lado nenhum
hoje tinha pensado numa palavra no entanto parece-me que me seria importante escrever ou reescrever
a tal importância pode carecer de uma coisa assim tão simples como a sua memória e ou o seu esquecimento
na realidade a memória é uma coisa estranha funciona para umas coisas e outras não . lapsos são cada vez mais frequentes . a recordação de uma palavra não é assim tão simples . Como será que funciona .. as palavras concretas e frequentes . mas esta palavra falava de quê ? ando com tantas palavras que a mente farta de ouvir e cansada de trabalhar se escusa ... as letras são assim meras espectadoras de um filme a preto e branco .como um sonho uma inquietação que vem sabe-se lá donde e que permanece .

será que o tempo está a ficar cada vez mais apertado ??
o espirito intranquilo . a calma e a tranquilidade da idade parece uma mera meta a ser atingida quando ?
como fazer para ficar quieta e serena .
a serenidade parece tão longe . tão perto deveria estar
os dias de chuva, os dias de céu cinzento escuro cria uma aura tão mágica ...
a memória é algo que nos faz divagar sonhar por campos conhecidos ... terras pisadas . entes queridos .
a sua luz transcende nos outras vezes em vão falha coloca-nos em locais perdidos nos mapas ás voltas e revoltas . são essas as palavras que se fazem rebeldes esquisitas nos rodeiam e flageladoras
as fases da memória ... rondando rodeando atrapalhando o seu fluir

esta questão de memorizar ou de pensar durante as horas calmas do adormecer na nocturna madrugada . as palavras do acordar desaparecem dando às palavras outras aparências singulares ...

o acinzentado do amanhecer do dia chuvoso é diferente .. torna os pensamentos mais singelos mais taciturnos quem sabe esperando que o alvorecer dê um tom diferente à realidade ..
mudar de rumo . de rota . fazer outra viagem . para onde o barco me vai levar . as ondas espumosas dos dias  esbranquiçados . esperançosos .
as palavras tomam outras dimensões . a realidade da claridade afugenta os seres maléficos que ensombram a alma . o silêncio escorregadio o som do eco que vibra na madrugada . o que fazer destas palavras que se esgueiram e se escondem e que atormentam . a luz é precisa . a alma reluz ...

existem palavras que a mente seduz .. existem palavras que deveriam ficar . entre o seu permanecer quase palpável e a agonia que conduz . prementes . agonizantes . aguardam que a memória as liberte .
a liberdade de ser estar . reflectidas simbólicas ... livres
e em conjunto fazem uma escrita que sobre um tema divagam
e fiquemos por aqui ..

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