terça-feira, 7 de junho de 2011

como folha ao vento 1)

no ar anda tons de cinzento . entre o escuro e o claro tonalidades de azul e de amarelo .
cheiro de chuva e terra molhada . ventos ventanias e friagens ...
casacos chapéus de chuva sombrinhas e braços aos léus,
como quem diz sol e calor praias e mar ...
saudades de ver o mar . embora o veja da minha janela é demasiado longe ouvir a sua fragancia o seu marulhar escutar os pássaros esses voam chilreando nos quintais e árvores da rua . e as gaivotas a planar

da minha janela quase que toco o céu mas ele não se deixa tocar e a lua parece-me estar escondidinha por detrás do cinzento do entardecer dos muitos anoiteceres .. e a chuva chove ...
agora as bandeiras esvoaçam, as ruas enchem-se de santos populares e marchas ...

pensamentos passam voando e alguns deixam-se apanhar talvez uns com algo a dizer ...
pensamentos ... pensantes . pensando . deixando rastos vestigios de qualquer de nada de alguma coisa
alguém que no entanto se perdeu se encontrou se deixou arrastar parou
uma torrente de pensamentos vãos e vazios ocos tiveram eco e ressoam e olhando o espelho da alma existe muitas emoções sentimentos para retratar . desejos para concretizar ou apenas não sabe que existem não têm corpo são volateis transparentes viajam no limbo da descrença ..
nos umbrais do esquecimento ficam para lá esquecidos
... como folhas ao vento
ou uma luzinha que brilha preciso de dar conta que não me esqueço de mim ao enfrentar a vida !!

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