domingo, 10 de outubro de 2010

automaticamente

não sei se existem coisas que se façam automaticamente .
mas é possivel nem sequer pensar e fazer mas talvez existam coisas que são naturais e inatas.
que tenham nascido connosco e viva e esteja sempre connosco .
os outros, quem são estes outros ? seres vivos, coisas matérias e existências paralelas ..
os pais, os irmãos, os colegas ,os amigos e os milhares de seres que cruzam e passam todos os dias por nós , e que nem notamos ou notamos, são os olhares que se cruzam, um breve olhar e pronto e nunca mais acontece . por acaso , vamos encontrando outros seres, também são milhares de dias , milhares de seres e de rostos e que não importam, que não se importam .
bom enfim poderia haver mas, não há mais nada ...
de vez em quando estes seres anonimos, estes rostos de desconhecidos podem vir a ser conhecidos, a ser importantes, pode haver se calhar um xis, uma ocasião, uma mensagem secreta, um clique, um som e que nos leva a conhecer esta ou aquela pessoa . torna-se talvez importante, talvez não, quem sabe o que traz escrito, qual é a mensagem que nos traz para decifrarmos .
parece haver uma certa poesia, um certo acaso ...
" por exemplo ...
o marido ... antes de ser um marido, o nosso ...
é ele um perfeito imperfeito desconhecido, por quem nunca esperámos, ou esperámos o principe perfeito com o seu cavalo branco, aquele que nos vem salvar da torre em que estamos encarceradas, não é o principe encantado porque esses não existem, mas nem sequer são sapos, andam no meio entre principe e sapo ...
chega na altura própria para que o conheçamos e troquemos beijos e outras coisas, conversas absurdas e toques, caricias palavras de amor e de paixão e, chega a altura, aquela altura em que se torna um perfeito caso sério de parvoice. pode ser ou não parvoice, em que se procura uma casa, para viver junto e estar um com o outro o que não é facil, pois precisa-se de uma boa dose de coragem e de cedências ... e conviver com o ser desconhecido nunca é fácil . juntar trapos e mobilia, gastar dinheiro para viver em conjunto . criando um lar. um aconchego .
um dia aparecem os filhos em comum, ver crescer estes seres desconhecidos que são os bebés e que não trazem manual, nem nada que nos permita descodificar os choros e outras coisas que emitem ... seres fortes e ao mesmo tempo frageis ...
e assim vamos descobrindo a grandes penas quem somos nós e não é automaticamente ...
aparentemente seguimos nosso coração pois ele sabe o que deve fazer.
nós ..

eu por exemplo nada sei e continuo a descobrir que sei muito pouco acerca de tudo vou descobrindo,
e é apenas algo assim:
"Ah é isto"

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