quarta-feira, 26 de outubro de 2011

um poema

sei de um poema
poema sem nome
feito a partir do nada
e, falando do tudo e meio pardacento
ao fim da tarde, anoitecer
um poema, sem amor e sem dor
apenas assim . poema

quisera falar da vida das flores e do meu coração alagado.
de agua , de vida e de esperança

quisera dar-lhe um toque de alegria
vibrante de luz e de estrelas .

poema arrancado como uma flor (malmequer margarida flor do campo silvestres)
 e sem ser feliz abraçado acarinhado

ser poeta e fazer poemas
esperanças brilho de sol no olhar
coração a bater . tambor

ter um poema . ter uma melodia . uma voz afinada
desafinada soltar um tom, um som
e a alma a sentir

sei de um poema
calor do sol explosão de fogo e de calor
onda vaga barco a navegar
sol poente sol nascente
e, assim ir ao sabor do vento .
chuva miudinha . ritmada na pedra da calçada
fazendo poça na estrada salpicos

nostalgia ... como uma mulher olhos postos na madrugada
esperando aguardando a chegada ...
de mais um dia .

um poema fácil . um poema encantado . luzidio emaranhado
um novelo agulhas .

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

pensares 7) ...

tempo de lua

tempo de introspecção . avaliar escolhas . recolher acolher sentires .
viver ausencias . viver solitudes . revisitar memórias . limpar alguns escolhos .
enfim . ..

a leveza do ser e do sentir .
eliminar as coisas superfluas . ideias sentidas mas, repensadas . esquecidas .
tomar retomar outras rotas outras estradas . caminhos a experimentar .

que a alma se sinta em casa é tudo o que é preciso ...
o lar é um bom sitio para ficar desde que tudo esteja em harmonia

se, por acaso a incerteza e a solidão estiver também , porque não se faz parte de nós assim estar ...

tantas ideias.  meditar . pode ser que saia qualquer coisa de útil para fazer ...

:)

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

uma luz ...

a folha de papel continua em branco .
a mente o lápis sentem-se vazios . sem ideias .
criar ou apenas desenhar a letra as letras entra-se em colapso.
o cinza claro escuro predomina o negro aproxima-se o branco não é real .
vagueia-se entre os espaços e entra-se em zonas de desconforto.

a chuva é miudinha ... que nem se nota . e entranha-se na pele e na alma .

o sol que abrasa os dias ... a água que não se bebe . a secura a seca ...
a erva que não cresce e a primavera que não vem, o outono que é verão
as estações mudaram .  a vida que se altera .
a solidão que se impõe . os silêncios que são maiores e hostis .
que silêncios plácidos são cada dia mais preciosos .

meditar . .

talvez o tempo arranje o lápis . talvez o coração acalme as batidas .
talvez as escolhas tenham que ser feitas .
talvez sacudir as falhas e corrigir erros

talvez parar e sentir .
olhar a lua e deixar que a sua luz seja a luz que ilumine a alma

quem sabe ... dar um passo em frente .