de vez em quando, algumas vezes, a luz atravessa a escuridão
a alma vagueia, desliza, pelos cantos da vida sem qualquer rota definida
moribunda cambaleante soturna,
a alma emerge aflita das aguas estagnadas do desvario
sem amparo, sem apoio sem vida
a luz atravessa a escuridão de uma alma sem principio nem fim
rente ao chão ...
o fio de prata que liga a alma ao seu portador rompe o limbo sem pressa
rasga o silêncio profundo solta o brado calado engasgado na pele
vibrante no ventre e na garganta o grito bate ecoa nos desfiladeiros
pelo seu ressoar a alma derrama-se e agoniza
e salta debate-se e sobrevive
cansada derrubada mas não vencida levanta-se e desperta ...
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