depois de vários meses de uma desesperada procura da verdade daquilo que é possivel encontrar no caminho. nem um oasis de calmaria, apenas um deserto cada vez mais vasto
a minha vida não se alterou, nenhuma transformação, nem o universo mandou nada de bom, nem a gratidão por mais um dia nem das pequenas coisas que se atravessam no meu viver.
a derradeira agonia do pântano do desespero que vive em meu coração.
até que ponto a ausência e a revolta transformam o que sinto em raiva
a intuição e o que o meu coração dita não é mais do que um passo para o abismo.
o amor a amizade não é mais do que um plano no horizonte
é apenas uma miragem
acreditar no que de bom poderia chegar
é a ausência, é a solidão, o vazio do abismo
os sonhos de felicidade esses jazem em mil pedaços
e a alma já não vagueia à sua procura,
jaz quebrada como se nunca fosse possivel consertar
ou a espera que a coragem e a força
a unam para prosseguir
até quando? a atroz realidade que é a vida derrama a mais negra adversidade,
as trevas continuam nesta solitária vivencia dos dias até que morte chegue,
com seu manto ...
sentir que estou morta e que nada há mais para viver a não ser esses dias de inverno mais gelados e sobreviver...
do negrume das trevas não chega qualquer esperança de luz
quem sabe o tempo possa aclarar e a bruma da desesperança desapareça ...
pode o tempo curar as feridas, pode a vida alterar as suas formas,
pode o olhar ver que o horizonte pode trazer algo de novo à vida ...
que negrume nestes pensamentos que o destino nos traz às memórias.
da solitária solidão dos dias que correm...
poderá a luz advir a esta escura escuridão ...